Folha Informativa da Rede Rural - N.º 70 - set 2016 - Especial Floresta

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  Folha informativa nº 70 set 2016  
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Olá Uatec,

Esta é a Folha Informativa "EmRede" da Rede Rural Nacional relativa a setembro de 2016. Trata-se de uma edição especial dedicada às boas práticas de gestão florestal.

Sapadores florestais

A gestão florestal sustentável é tarefa complexa - Há boas práticas, vamos conhecê-las

Segundo dados do ICNF publicados na base de dados nacional de incêndios florestais, no período compreendido entre 1 de janeiro e 15 de gosto de 2016, registaram-se um total de 8.624 ocorrências (1.520 incêndios florestais e 7.104 fogachos) que resultaram em 103.137 hectares de área ardida, entre povoamentos (38.013ha) e matos (65.124ha).

Comparando os valores do ano de 2016 com o histórico dos últimos 10 anos destaca-se que ardeu três vezes mais área do que a média no decénio 2006-2015, apesar de se terem registado menos 22% de ocorrências.
Estes dados, conjugados com os efeitos já conhecidos das alterações climáticas, levaram-nos a procurar informação sobre boas práticas de planeamento e gestão florestal que existam a nível local ou regional que possam de alguma forma contribuir para a reflexão sobre as questões florestais nomeadamente a prevenção de fogos.
Nesse sentido, fizemos um apelo aos membros da RRN para nos seus territórios identificarem e descreverem bons exemplos ao nível do planeamento e gestão florestal que merecessem ser divulgados a nível nacional.
Deste apelo recebemos 24 contributos de diversas entidades os quais aqui se publicam integralmente.

 

Planeamento do território e gestão coletiva da floresta como forma de prevenção e combate

Paisagem MaçãoEm 2003, altura em que o Município de Mação considerava que tinha uma boa política florestal, nomeadamente um bom sistema de prevenção e combate a incêndios e todo o concelho coberto por cadastro, um fogo florestal atingiu repercussões catastróficas, ao consumir metade da área do concelho. Este facto levou os autarcas e a população a envolverem-se numa intensa reflexão sobre as causas e prevenção de fogos que conduziu à criação de uma associação de produtores e à necessidade de alterar todo o paradigma instituído. O foco passou a ser no planeamento do território e na gestão coletiva da floresta.

Veja a entrevista a António Louro, Presidente da Associação Florestal do Concelho de Mação (vídeo)

 

Da paixão à gestão florestal

Floresta e o homem

“Uma loucura pessoal, sustentada na ideia romântica de uma serra cheia de árvores, como eu a conheci, quando nela me criei”.
É desta forma que António Giestas, proprietário e produtor florestal, com uma exploração localizada na freguesia de Cambra, Concelho de Vouzela, em pleno Parque Natural de Gestão Local Vouga-Caramulo descreve o seu interesse na gestão das suas propriedades.  Ler mais.

 

Quinta da Moenda, uma boa prática de gestão florestal 

ÁrvoreA Quinta da Moenda, sita no concelho de Vila Nova de Poiares, dominada por carvalhos (Quercus spp.), bordos (Acer pseudoplatanus) e castanheiros (Castanea sativa) é o resultado de um esforço recente para criar uma área pouco suscetível à passagem do fogo e não uma herança, mais ou menos bem preservada de um tempo distante.

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Opções de gestão florestal na prevenção de incêndios florestais na Europa

Ricardo Velez

Neste documentário, o Doutor Ricardo Vélez, engenheiro florestal, coordenador do Grupo de Trabalho sobre Incêndios Florestais da FAO e membro do Comité Permanente Florestal da UE, fala-nos da importância da conjugação de interesses de todos os grupos sociais implicados na floresta. “A experiência diz-nos que é raro que haja fogos nos lugares onde todos os agentes implicados beneficiam”. Ler mais.

  

Três projetos de cooperação dinamizados pela ADRAT

Paisagem - ADRAT

1. Projeto Economountain (AGUIARFLORESTA, Vila Pouca de Aguiar, Portugal)
2. Ordenamento Florestal Micológico do Vale de UIztama (Pamplona, Espanha)
3. Certificação Florestal PEFC de Navarra (Espanha) / Associação Florestal de Navarra.
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 Pós-incêndios: o que fazer?

Medronheiro

Importa pois entender o que irá acontecer no Pós-incêndios. Como sabemos, Portugal apresenta fundamentalmente dois padrões em termos de dimensão da propriedade rústica: o latifúndio, associado a parte da Beira Baixa, Ribatejo e Alentejo e o minifúndio que predomina no resto do país. As estatísticas anuais demonstram que é nas regiões de minifúndio onde ocorrem mais ignições e onde os incêndios são maiores em termos de área queimada. Também as espécies de rápido crescimento, quase todas exóticas, são as mais devastadas pelos incêndios, enquanto as espécies nativas, arbustivas e arbóreas, são as menos afetadas. Ler mais.

 

Território com Vida – uma experiência a conhecer

Cabra

A associação “Território com Vida” desenvolve atividades centradas na prevenção de incêndios em matas e florestas através do controlo da vegetação, principalmente em terrenos baldios, com recurso ao pastoreio acompanhado com pequenos ruminantes, cabras autóctones.
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Melhoria da resiliência dos sobreirais do Baixo Alentejo e Algarve aos incêndios florestais

Paisagem florestal

A Suberpinus, empresa vocacionada para a gestão de espaços florestais, com génese na Serra do Caldeirão, onde adquiriu vasta experiência e uma particular sensibilidade relativamente ao valor e potencial dos espaços florestais caracterizados pela presença de sobreirais, sentiu que poderia dar um contributo decisivo para a melhoria das condições das áreas afetadas pelo fogo. Ler mais.

 

A conservação dos urzais e o desenvolvimento sustentável no planalto da Mourela

Posto de vigia

O projeto foi desenvolvido na área do Parque Nacional da Peneda Gerês, em sete baldios do Concelho de Montalegre. Conjugou as práticas tradicionais de maneio dos matos de forma a manter as áreas de mato limpas e consequentemente diminuir o risco e incêndios florestais.

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Mestrado em Agro-Silvo-Pastorícia Mediterrânica

Montado

A Escola Superior Agrária de Santarém criou o Mestrado em Agro-Silvo-Pastorícia Mediterrânica, que oferece formação técnico-científica e profissionalizante, conducente ao domínio das boas práticas no âmbito de tecnologias integradas de produção agrícola, animal e florestal, entre outras matérias. Ler mais.

 

Capacitação e Inovação para a gestão de riscos à escala da Paisagem

Fogo

As últimas mudanças no meio rural e a limitação do uso tradicional do fogo pastoril sem alternativas, a política de extinção total do fogo na paisagem, a extinção dos incêndios de baixa intensidade fora de perigo, conduzem à redução do conceito de mosaicos para dar lugar à formação de extensas massas homogéneas de combustível e à formação de corredores contínuos de combustível, unindo o espaço florestal ao agrícola (assilvestrado) e ao espaço urbano, através da elevada acumulação de combustíveis que mais tarde, na presença de um incêndio, incrementarão a intensidade, severidade e velocidade de propagação do fogo, criando zonas de alto risco e de grande complexidade nos trabalhos de extinção. Ler mais.

 

Zona de Intervenção Florestal (ZIF) Alva e Alvoco - Defesa da Floresta Contra Incêndios, na forma de execução de Mosaicos de Parcelas de Gestão de Combustível

ZIF Alva e Alvoco

A ZIF Alva e Alvoco, constituída pela Portaria n.º 1357/2006, de 30 de novembro, a primeira em Portugal, abrange a União de freguesias de Oliveira do Hospital e São Paio de Gramaços, a Freguesia de Nogueira do Cravo, a União de freguesias de Penalva de Alva e São Sebastião da Feira, a União de freguesias de Santa Ovaia e Vila Pouca da Beira, a Freguesia de São Gião, a Freguesia de Alvoco das Várzeas e a Freguesia de Aldeia das Dez, do Concelho de Oliveira do Hospital.
Tem uma área total de 4741 hectares, sendo que 3686 hectares correspondem a área florestal.
Foram executados 620 hectares de MPGC, 142 hectares de Rede Primária de Faixas de Gestão de Combustível (RPFGC) e 69 hectares de Rede Secundária de Faixas de Gestão de Combustível (RSFGC), nos anos de 2012 a 2015, o que resultou numa área ardida, após a intervenção, de cerca de 170 hectares. Ler mais.

  

Zona de Intervenção Florestal (ZIF) Seia Alva - Defesa da Floresta Contra Incêndios, na forma de execução de Mosaicos de Parcelas de Gestão de Combustível

ZIF Seia Alva

A ZIF Seia Alva, constituída pelo Despacho n.º 3308/2010, de 23 de fevereiro, abrange a Freguesia de Travancinha, a União de freguesias de Sameice e Santa Eulália, a União de freguesias de Carragozela e Várzea de Meruge e a União de freguesias de Torrozelo e Folhadosa, do Concelho de Seia.
Tem uma área total de 3686 hectares, sendo que 2208 hectares correspondem a área florestal.
Foram executados MPGC em 464 hectares, nos anos de 2014 a 2016, o que resultou numa área ardida, após a intervenção, de cerca de 22 hectares. Ler mais.

  

Zona de Intervenção Florestal (ZIF) Tábua Alva - Defesa da Floresta Contra Incêndios, na forma de execução de Mosaicos de Parcelas de Gestão de Combustível

ZIF Tábua Alva

A ZIF Tábua Alva, constituída pela Portaria n.º 1470/2008, de 17 de dezembro, abrange a Freguesia de Carapinha, a União de freguesias de Ázere e Covelo, a Freguesia de Mouronho, a União de freguesias de Espariz e Sinde, a União de freguesias de Pinheiro de Coja e Meda de Mouros, do Concelho de Tábua e a Freguesia de Sarzedo, do Concelho de Arganil.
Tem uma área total de 4632 hectares, sendo que 3559 hectares correspondem a área florestal.
Foram executados MPGC em 478 hectares, nos anos de 2012 a 2015, o que resultou numa área ardida, após a intervenção, inferior a 20 hectares. Ler mais.

 

FSC® - Por uma gestão florestal responsável

FSC - Floresta para todos

O Forest Stewardship Council® (FSC®) é uma organização sem fins lucrativos, de âmbito internacional, dedicada à promoção de uma gestão das florestas ambientalmente adequada, socialmente benéfica e economicamente viável.
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Práticas de Gestão da Floresta para a prevenção dos incêndios florestais em Carregal do Sal

Sapadores na floresta

Foram desenvolvidas Práticas de Gestão da Floresta para a prevenção dos incêndios florestais no Concelho de Carregal do Sal que visaram o controlo da vegetação espontânea, controlo de densidades excessivas, desramações e podas de formação, para criação de descontinuidades verticais e horizontais.
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Projeto FIRE-ENGINE

Eólicas na montanha

A investigação realizada no âmbito do projeto FIRE-ENGINE permitiu dar um conjunto de primeiros passos para uma abordagem integrada aos problemas do desenho do sistema de gestão de incêndios e da governança do risco de incêndio. Ler mais.

 

Ordenamento Fundiário e Florestal de zonas ardidas com base em operações de Emparcelamento Simples

Floresta

O ordenamento florestal de áreas ardidas a partir de ações expeditas de estruturação fundiária. Ler mais.

 

 

Ensaio científico sobre erosão hídrica na sequência de fogos florestais

Ensaio florestal

O Laboratório de Eco Hidrologia do CESAM está presentemente a realizar um ensaio científico, em condições de campo, com o intuito de testar a eficácia da aplicação de uma camada de resíduos florestais, provenientes do corte de eucaliptais, sobre solo recentemente queimado como medida de proteção contra a erosão hídrica.
Os motivos para este ensaio são essencialmente dois. Por um lado, está amplamente documentado que os incêndios florestais podem provocar uma resposta hidrológica mais rápida e mais forte e, consequentemente, originarem maiores perdas de solo, de matéria orgânica e de nutrientes, sobretudo durante os primeiros períodos pós-fogo. Por outro lado, as potenciais medidas de mitigação desta resposta hidrológica e erosiva pós-fogo são pouco estudadas em Portugal bem como na Europa em geral, e, consequentemente são desconhecidas dos proprietários e gestores florestais portugueses. Ler mais.

 

Parque Natural Local Vouga-Caramulo

Loendro

Por iniciativa da Câmara Municipal de Vouzela foi criado o Parque Natural Local Vouga-Caramulo (Vouzela) como área protegida de âmbito local,  nos termos do artigo 15.º do Decreto-Lei n.º 142/2008, de 24 de Julho (Regulamento n.º 256/2015 publicado do Diária da República de 15 de Maio de 2015.
Este Parque Natural tem como objetivos específicos:
a) A conservação da natureza e da biodiversidade e a valorização do património natural e paisagístico como pressupostos de um desenvolvimento sustentável;
b) A promoção de atividades indispensáveis ao conhecimento e divulgação dos valores naturais presentes;
c) A criação de áreas de recreio ao nível local, promovendo o repouso e atividades ao ar livre, em equilíbrio com os valores naturais salvaguardados;
d) Promover a integração económica da gestão do património natural, incluindo a criação de emprego e a valorização das atividades de gestão dos serviços de ecossistemas.  Ler mais.

 

Plataforma tecnológica FOCUS para a gestão de operações florestais

Projeto FOCUS

A plataforma FOCUS integra sensores e software para o planeamento e controlo de operações florestais. Ler mais.

 

 

 

Iniciativas de Boas Praticas de Gestão Florestal

Fotografia aérea

Perante a grave problemática dos incêndios, e contribuindo para a prevenção dos incêndios no território da TAGUS, apresentam-se de forma sucinta, algumas iniciativas de Boas Praticas de Gestão Florestal. Ler mais

 

Medidas  para uma boa Gestão Florestal

Observando a paisagem florestal

A ocorrência dos incêndios começa a ser cíclica e a percorrer as mesmas áreas cada vez em ciclos mais curtos, isto deve-se principalmente à desertificação do território e ao abandono da gestão da propriedade. Essa desertificação ocorre mais no Interior Norte, região que tem sido mais fustigada pelos incêndios florestais. Ler mais.

 
     
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Edição: Rede Rural Nacional, 2016. 

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